Após conhecer um pouco do bairro,suas peculiaridades,seus personagens e estabelecimentos comecei a pensar no que gostaria de fazer.
Caminhei pelo bairro e percorri de carro suas ruas por algumas vezes.Fotografei fachadas,prédios e pessoas que são marcas registradas do bairro.
Os carrinhos dos papeleiros estiveram na minha mente desde o início deste projeto.Estes carrinhos e seus puxadores só existem para a grande população da cidade por que nos incomodam no transito,caso contrário seriam transparentes para nós.,Decidi conseguir um carrinho de papeleiro e usa-lo como o meu transporte para levar ao DC tudo o que "gritou" para mim no bairro.Vou colocar neste carrinho meus sentimentos,emoções,percepções,objetos e materiais colhidos no próprio bairro.Trabalho no meu dia a dia com acrílico s/telas,neste caso,vou usar como suporte no lugar das telas,o papelão que eu comprei e que foi vendido e recolhido pelos papeleiros.Quem sabe se não foi recolhido no próprio carrinho que eu adquiri destes papeleiros?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
... o carrinho das idéias. É o carrinho do símbolo da sobrevivência e da dignidade. É o que faz parte desta lamentável questão social-brutal.
Pelas mãos da Arte, esse caminho pode ser visível mais-que-perceptível e não somente visível aos olhos de quem não quer ver.
O carrinho, faz parte da Obra. Também, como a marca da passagem do tempo, dos nossos tempos... é memória... é luta constante... é criatividade do condutor.
O carrinho é a existência de uma antropofagia-bela e de uma filosofia-fera, que a nossa sociedade, vive.
O carrinho anda às margens, sem nenhuma poética, que possa dar alguma alegria.
... Nem tudo é quimera
Feito a poesia bela
Há sempre uma fera
Que se esmera
Em não ser idéia mera
Nas asas da iludão
Quimera, vem da névoa
Dos sentimentos
Que traz e que leva
Loucos sentimentos
Quase todos em vão
Quimera, pode vir da razão
Ou Ser cabeça de leão,
Corpo de cabra
E cauda de dragão.
Postar um comentário